O emprego de ferramentas in silico para avaliação da atividade biológica com potencial antidepressivo presentes na Hypericum perforatum
DOI:
https://doi.org/10.36414/rbmc.v11i25.189Palavras-chave:
Plantas medicinais, in silico, Hypericum perforatumResumo
A depressão é uma doença emocional e afetiva que causa sintomas como tristeza intensa, pessimismo, isolamento social e insônia. Sua origem é multifatorial, envolvendo fatores biológicos, psicológicos e sociais, e está prevista para se tornar a doença mais comum no mundo até 2030. Após a pandemia de COVID-19, a prevalência global de depressão aumentou em 25%. No Brasil, cerca de 15,5% da população tem depressão ao longo da vida, sendo mais frequente em mulheres e pode ocorrer de diferentes formas. A adesão ao tratamento do referido quadro clínico é um desafio, devido à complexidade da doença, aos efeitos adversos dos medicamentos antidepressivos e ao custo elevado para adquiri-los. Devido a esse motivo, as pesquisas têm se voltado para alternativas terapêuticas de modo a aumentar a adesão medicamentosa de pacientes depressivos. Um exemplo das alternativas citadas é a planta Hypericum perforatum, conhecida popularmente como Erva de São João, originária da Europa, Ásia e norte da África. A espécie possui potenciais farmacológicos bem diversos e estima-se que 20% de cada extrato da planta contempla efeitos biológicos. Seus compostos ativos, como a hipericina, demonstraram efeitos antidepressivos ao inibir a enzima monoamina oxidase, responsável pela degradação de neurotransmissores, ou seja, permitindo com que haja concentrações adequadas de neurotransmissores no sistema nervoso central dos pacientes. Este estudo visa investigar, por meio de ferramentas in silico e revisão de literatura, o potencial antidepressivo dessa planta, visando contribuir para novas abordagens terapêuticas no tratamento da depressão.
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