Intercorrência de ptose palpebral após aplicação de toxina botulínica em procedimentos estéticos faciais
DOI:
https://doi.org/10.36414/rbmc.v11i25.186Palavras-chave:
Ptose Palpebral, Toxina Botulínica, Procedimentos EstéticosResumo
Os procedimentos estéticos têm um impacto positivo na autoestima, na autopercepção, nas interações sociais e interpessoais dos indivíduos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. O principal procedimento estético realizado em todo o mundo é a aplicação de toxina botulínica tipo A (TBA), sendo que em 2020 mais de 6,2 milhões de injeções com esta substância foram realizadas. Um efeito colateral importante é a ptose palpebral, que é caracterizada como a queda da pálpebra superior, cobrindo a córnea e afetando a visão. O presente estudo objetivou realizar uma revisão da literatura sobre a intercorrência de ptose palpebral após realização de procedimentos estéticos utilizando toxina botulínica tipo A. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, sendo que os estudos incluídos nesta pesquisa evidenciaram que a ocorrência de ptose palpebral em decorrência da utilização da TBA são eventos de baixa frequência, porém merecem atenção, uma vez que se trata de uma situação desconfortável para o paciente e que necessita de um manejo adequado, seja com aplicação de colírios ou outras alternativas resolutivas como segunda aplicação de TBA e/ou até mesmo indicação de acupuntura. É fundamental que os profissionais de saúde busquem treinamento contínuo sobre metodologias ideais e as descobertas científicas mais recentes para garantir a segurança e a eficácia das execuções estéticas em relação a aplicação da TBA. Embora a ptose palpebral seja um problema inerente ao procedimento, os riscos podem ser minimizados e suas vantagens maximizadas com uma abordagem personalizada e cautelosa.
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