Intercorrência de ptose palpebral após aplicação de toxina botulínica em procedimentos estéticos faciais

Autores

  • Amanda Gadelha Cardoso Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás
  • Ana Paula Candido Negreiro Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás
  • Alessandra Marques Cardoso Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás, Secretaria de Estado da Saúde de Goiás - SES/GO

DOI:

https://doi.org/10.36414/rbmc.v11i25.186

Palavras-chave:

Ptose Palpebral, Toxina Botulínica, Procedimentos Estéticos

Resumo

Os procedimentos estéticos têm um impacto positivo na autoestima, na autopercepção, nas interações sociais e interpessoais dos indivíduos, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida. O principal procedimento estético realizado em todo o mundo é a aplicação de toxina botulínica tipo A (TBA), sendo que em 2020 mais de 6,2 milhões de injeções com esta substância foram realizadas. Um efeito colateral importante é a ptose palpebral, que é caracterizada como a queda da pálpebra superior, cobrindo a córnea e afetando a visão. O presente estudo objetivou realizar uma revisão da literatura sobre a intercorrência de ptose palpebral após realização de procedimentos estéticos utilizando toxina botulínica tipo A. Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, sendo que os estudos incluídos nesta pesquisa evidenciaram que a ocorrência de ptose palpebral em decorrência da utilização da TBA são eventos de baixa frequência, porém merecem atenção, uma vez que se trata de uma situação desconfortável para o paciente e que necessita de um manejo adequado, seja com aplicação de colírios ou outras alternativas resolutivas como segunda aplicação de TBA e/ou até mesmo indicação de acupuntura. É fundamental que os profissionais de saúde busquem treinamento contínuo sobre metodologias ideais e as descobertas científicas mais recentes para garantir a segurança e a eficácia das execuções estéticas em relação a aplicação da TBA. Embora a ptose palpebral seja um problema inerente ao procedimento, os riscos podem ser minimizados e suas vantagens maximizadas com uma abordagem personalizada e cautelosa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Amanda Gadelha Cardoso, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

Acadêmica de Biomedicina. Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

Ana Paula Candido Negreiro, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás

Acadêmica de Biomedicina. Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).

Alessandra Marques Cardoso, Pontifícia Universidade Católica de Goiás - PUC Goiás, Secretaria de Estado da Saúde de Goiás - SES/GO

Doutora e Mestra em Medicina Tropical e Saúde Pública, Professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Biomédica da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Referências

Neves MB. Nutrição estética e nutricosméticos: uma abordagem prática. AS Sistemas; 2015.

Pereira AF, Bittencourt B, De Medeiros FD. Autoestima e bem-estar pós-tratamentos de rejuvenescimento facial. Tecnol Cosmetol Estét Tubarão. 2018 [accessed 2024 May 3]. Available from: https://repositorio.animaeducacao.com.br/items/0626d920-1933-448b-8205-cf5523f4f856.

ISAPS - International Society of Aesthetic Plastic Surgery. International Survey on Aesthetic/Cosmetic Procedures Performed in 2020. Mont Royal: ISAPS; 2020 [accessed 2024 Jun 2]. Available from: https://www.isaps.org/media/evbbfapi/isapsglobal-survey_2020.pdf.

Sposito MMD de M. Toxina Botulínica do Tipo A: mecanismo de ação. Acta Fisiátrica. 2009;16(1):25-37.

Fujita RLR, Hurtado CCN. Aspectos relevantes do uso da toxina botulínica no tratamento estético e seus diversos mecanismos de ação. Rev Saber Científico. 2019;8(1):120-33.

Santos CS, De Mattos RM, Fulco T de O. Toxina botulínica tipo A e suas complicações na estética facial. Episteme Transversalis. 2017;6(2).

Arnon SS, et al. Botulinum toxin as a biological weapon: medical and public health management. JAMA. 2001;285(8):1059-70.

Zornetta I, et al. The first non-Clostridial botulinum-like toxin cleaves VAMP within the juxtamembrane domain. Sci Rep. 2016;6(1):30257.

Bratz PD, Mallet EKV. Toxina Botulínica Tipo A: abordagens em saúde. Rev Saude Integr. 2015;8(15-16):1-11.

Carruthers J, Carruthers A. Clinical indications and injection technique for the cosmetic use of botulinum A exotoxin. Dermatol Surg. 1998;24(11):1189-94.

Klein AW. Complications and adverse reactions with the use of botulinum toxin. Dis Mon. 2002;48:336-56.

Kassir M, et al. Complicações da toxina botulínica e preenchedores: uma revisão narrativa. J Cosmet Dermatol. 2020;19(3):570-3.

D'Emilio R, Rosati G. Full‐face treatment with onabotulinumtoxinA: Results from a single‐center study. J Cosmet Dermatol. 2020;19(4):809-16.

Thomas Bas C, Thomas Halaby F. Experiencia en la prevención de la ptosis palpebral secundaria al tratamiento de arrugas glabelares con OnabotulinumtoxinA. Cir Plast Ibero-Latinoam. 2020;46(3):361-6.

Pomerantz H, Lee K, Bae J, et al. Safety profile of combined same-day treatment for botulinum toxin with full face nonablative fractionated laser resurfacing. Dermatol Surg. 2021;47(4):500-503.

Green JB, et al. A large, open-label, phase 3 safety study of DaxibotulinumtoxinA for injection in glabellar lines: a focus on safety from the SAKURA 3 study. Dermatol Surg. 2021;47(1):42-6.

Ludwig GD, et al. Is it worth using botulinum toxin injections for the management of mild to moderate blepharoptosis? Aesthet Surg J. 2022;42(12):1377-81.

Solish N, et al. PrabotulinumtoxinA vs OnabotulinumtoxinA for the treatment of adult males with moderate to severe glabellar lines: post-hoc analyses of the phase III clinical study data. Aesthet Surg J. 2022;42(12):1460-9.

Merice FP, Bedin V. Acupuntura no tratamento da ptose palpebral causada pela toxina botulínica. BWS J. 2022;5:1-7.

Dover JS, et al. Treatment of upper facial lines with DaxibotulinumtoxinA for injection: results from an open-label phase 2 study. Dermatol Surg. 2023;49(1):60-5.

Bernardini FP, et al. Management of severe botulinum-induced eyelid ptosis with pretarsal botulinum toxin and oxymetazoline hydrochloride 0.1%. Aesthet Surg J. 2023;43(9):955-61.

Örenay ÖM, Temel B, Karaosmanoğlu N. Evaluation of Botulinum Toxin Applications in a Tertiary Cosmetic Department. Ankara Eğitim ve Araştırma Hastanesi Tıp Derg. 2024;56(3):156-9.

Musharbash IJ, Chakra RJ. Treatment of full eyelid ptosis following Botox injection: a case report. Cureus. 2024;16(3).

Majlesi G. GaAs laser treatment of bilateral eyelid ptosis due to complication of botulinum toxin type A injection. Photomed Laser Surg. 2008;26(5):507-9.

Borba A, Matayoshi S, Rodrigues M. Avoiding complications on the upper face treatment with botulinum toxin: a practical guide. Aesthet Plast Surg. 2022;1-10.

Chen S, Long J. Adverse events of botulinum toxin A in facial injection: Mechanism, prevention and treatment. Zhong Nan Da Xue Xue Bao Yi Xue Ban. 2019;44(7):837-44.

Chedid R, Boechat CJ, Guimarães FS. Tratamento cirúrgico da ptose palpebral moderada e grave: análise de resultados. Rev Bras Cir Plástica. 2018;33(2):222-8.

Godinho DG. Blefaroptose: abordagem clínica da ptose palpebral. 2019. Dissertação de Mestrado. Universidade de Lisboa.

Nestor MS, et al. Botulinum toxin–induced blepharoptosis: anatomy, etiology, prevention, and therapeutic options. J Cosmet Dermatol. 2021;20(10):3133-46.

Wollina U, et al. Esthetic and cosmetic dermatology. Dermatol Ther. 2008;21(2):118-130.

Gassia V, et al. Botulinum toxin injection techniques in the lower third and middle of the face, the neck and the décolleté: the "Nefertiti lift". Ann Dermatol Venereol. 2009;136(Suppl 2).

D’Souza A, Ng CL. Applied anatomy for botulinum toxin injection in cosmetic interventions. Curr Otorhinolaryngol Rep. 2020;8:336-43.

De Maio M, et al. Facial assessment and injection guide for botulinum toxin and injectable hyaluronic acid fillers: focus on the upper face. Plast Reconstr Surg. 2017;140(2):265e-276e.

Torres MR, Silva EC, Gomes AL, et al. Fenômeno de Marcus Gunn: diagnóstico diferencial das ptoses palpebrais na criança. Jornal de Pediatria. 2004;80(3):249-52.

Nestor MS, Narins RS, Pavicic T, et al. Botulinum toxin–induced blepharoptosis: anatomy, etiology, prevention, and therapeutic options. J Cosmet Dermatol. 2021;20(10):3133-3146.

Paiva JV. Toxina botulínica: o que é, para que serve e principais indicações. 2024. Disponível em: https://www.clinicorp.com/post/toxina-botulinica. Acessado em: 30 nov 2024.

Downloads

Publicado

2025-04-02

Como Citar

Cardoso, A. G., Negreiro, A. P. C., & Cardoso, A. M. (2025). Intercorrência de ptose palpebral após aplicação de toxina botulínica em procedimentos estéticos faciais. REVISTA BRASILEIRA MILITAR DE CIÊNCIAS, 11(25). https://doi.org/10.36414/rbmc.v11i25.186

Edição

Seção

Artigos