ASSOCIAÇÃO ENTRE OBESIDADE E CÂNCER GÁSTRICO
DOI:
https://doi.org/10.36414/rbmc.v6i14.37Palavras-chave:
Câncer Gástrico; Obesidade; Citocinas; Adipocinas; Imunopatologia; Resposta imune.Resumo
O objetivo deste estudo foi descrever a associação dos principais fatores relacionados com a fisiopatologia da obesidade com o desenvolvimento do câncer gástrico. Consiste em uma revisão bibliográfica narrativa. Nesta pesquisa utilizou-se as bases de dados virtuais: Periódicos Capes, Biblioteca Virtual em Saúde e Pubmed. Foram incluídos 57 artigos publicados no período de 2005 a 2019 que apresentavam conteúdos compatíveis com os objetivos deste estudo. A obesidade está entre as doenças que mais crescem no mundo, o tratamento é inadequado e os distúrbios associados, incluindo câncer gástrico, apresentam alta morbimortalidade. A obesidade pode afetar a microbiota intestinal resultando em uma disbiose, através da interação entre fatores nutricionais, endócrinos e metabólicos, que contribuem por ativar um processo de inflamação crônica de baixo grau levando ao aumento da proliferação celular e angiogênese e diminuição da apoptose celular, culminando no desenvolvimento de câncer gástrico. Dessa forma, é importante ressaltar que o tecido adiposo responde à estimulação de nutrientes extras via hiperplasia e hipertrofia de adipócitos. Com a hipertrofia dos adipócitos, o tecido adiposo torna-se hipoperfundido, o que cria áreas de microhipóxia, ativando as vias do fator de transcrição nuclear NFkB, aumentando a expressão de genes envolvidos na inflamação com maior liberação de citocinas. Assim, níveis elevados de adiponectina e leptina, esteroides sexuais, glicocorticoides, mediadores inflamatórios e fatores de crescimento semelhantes à insulina, podem resultar em estresse oxidativo tecidual e na transformação neoplásica das células gástricas. É necessário um maior entendimento dos mecanismos da carcinogênese induzida pela obesidade para desenvolver métodos mais eficazes para prevenir ou tratar o câncer gástrico. Uma maior compreensão dos mecanismos moleculares pode levar à identificação de novos alvos terapêuticos. Faz-se necessário estudos adicionais sobre os mecanismos envolvidos na carcinogênese gástrica, pois essa doença ainda apresenta altas taxas de morbimortalidade.
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